domingo, 18 de dezembro de 2011

NOTA


Amigos e Amigas!

O nosso Blog esta sem atualizações a quase um mês porque infelizmente estamos sem intenet. As atualizações de maio a novembro de 2011 aconteceram porque aproveitavamos a internet na UFRN. Neste final de semestre ficou impossível fazer isso nos horários de aula.

Agradeço a todos e todas que nos acompanharam ao longo de dois anos. A presença de vocês foi de suma importância nesta caminhada.

Continuem levando boas novas e que Deus os abençõe por intercessão de Nossa Senhora das Graças.

Feliz Natal e um abençoado 2012. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

SANTO DO DIA - Santa Catarina de Alexandria

A vida e o martírio de Catarina de Alexandria estão de tal modo mesclados às tradições cristãs que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos, espalhados pelo mundo todo. Muito venerada, o seu nome tornou-se uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil homenageou-a com o estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira.

Alguns textos escritos entre os séculos VI e X , que se reportam aos acontecimentos do ano 305, tornaram pública a empolgante figura feminina de Catarina. Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum a uma mulher e jovem naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada pelos súditos da Corte que seria sua por direito.

Entretanto esses eram tempos duros do imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos, a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de imperatriz. Maximino apaixonou-se por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riqueza materiais. Estava disposto a divorciar-se para casar-se com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios.

Catarina recusou enfaticamente, ao mesmo tempo que tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o imperador chamou os sábios do reino para auxiliá-lo. Eles tentaram defender suas seitas com saídas teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial.

Mandou torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz. Então, ocorreu o prodígio: o aparelho desmontou. O imperador, transtornado, levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura, depois mandou decapitá-la. Ela morreu, mas outro milagre aconteceu. O corpo da mártir foi levado por anjos para o alto do monte Sinai. Isso aconteceu em 25 de novembro de 305.

Contam-se aos milhares as graças e os milagres acontecidos naquele local por intercessão de santa Catarina de Alexandria. Passados três séculos, Justiniano, imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Santa Catarina e a igreja onde estaria sua sepultura no monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar o seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os fiéis do Oriente e do Ocidente, que a celebram no dia de sua morte.

Ela é padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos estudantes, dos filósofos e dos moleiros - donos e trabalhadores de moinho. Santa Catarina de Alexandria integra a relação dos quatorze santos auxiliares da cristandade.

O REINO DE DEUS JÁ ESTÁ ACONTECENDO - Lucas 21,29-33


Temos neste texto uma curta parábola cheia de conteúdo. As árvores que brotam indicam a proximidade do verão. Os brotos e as flores do verão prenunciam o outono, tempo de frutos e colheita. A expressão "Vós, do mesmo modo... ficai sabendo..." indica a incompreensão dos discípulos, com sua visão messiânico-judáica-escatológica, a ser superada. O escatológico apocalíptico tem sua origem na tradição do Dia de Javé, o dia da vingança sobre os inimigos de Israel. Os discípulos e as comunidades viviam a tensão entre o escatológico e o "hoje". Contudo o Reino de Deus está perto, ao alcance de cada um e de todos. O Reino acontece com a encarnação do Filho de Deus, que é a nova criação e a salvação, que permanece hoje. É o Reino entre nós. "Nasceu-vos hoje um Salvador... hoje se cumpriu esta escritura que estais ouvindo... é preciso que eu permaneça em tua casa hoje... hoje a salvação chegou a esta casa... hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". A tensão que se estabelece é a tensão da esperança. A esperança é o desejo ardente de realizar, hoje, a vontade de Deus. O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da Vida.
José Raimundo Oliva

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TEMA DA PRIMEIRA NOVENA: Maria e o Espírito Santo


Os Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus "a toda santa" ("Panhagia"; pronuncie "pan-haguía"), celebram-na como "imune de toda mancha de pecado, tendo sido plasmada pelo Espirito Santo, e formada como uma nova criatura". Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.

Maria, a Mãe de Deus toda santa, sempre Virgem, é a obra prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do tempo pela primeira vez no plano da salvação e porque o seu Espírito a preparou, o Pai encontra a Morada em, que seu Filho e seu Espírito podem habitar entre os homens. E neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes leu, com relação a Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria: Maria é decantada e representada na Liturgia como o "trono da Sabedoria". Nela começam a manifestar-se as "maravilhas de Deus" que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja.

O Espírito Santo preparou Maria com sua graça. Convinha que fosse "cheia de graça" a mãe daquele em quem "habita corporalmente a Plenitude da Divindade" (Cl 2,9). Por pura graça, ela foi concebida sem pecado como a mais humilde das criaturas; a mais capaz de acolher o Dom inefável do Todo-Poderoso. É com razão que o anjo Gabriel a saúda como a "filha de Sião": "Alegra-te". É a ação de graças de todo o Povo de Deus, e portanto da Igreja, que ela faz subir ao Pai no Espírito Santo em seu cântico, enquanto traz em si o Filho Eterno.

O Espírito Santo autor da encarnação do Verbo em Maria

Com o Credo niceno-constantinopolitano, respondemos, confessando: "E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espirito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem"

A Anunciação a Maria inaugura a "plenitude dos tempos" (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará "corporalmente a plenitude da divindade" (Cl 2,9). A resposta divina à sua pergunta "Como se fará isto, se não conheço homem algum?" (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: "O Espírito Santo virá sobre ti" (Lc 1,35).
A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho. O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é "o Senhor que da a Vida", fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua.

Ao ser concebido como homem no seio da Virgem Maria, o Filho Único do Pai é "Cristo", isto e, ungido pelo Espirito Santo desde o início de sua existência humana, ainda que sua manifestação só se realize progressivamente: aos pastores, aos magos, a João Batista, aos discípulos. Toda a Vida de Jesus Cristo manifestará, portanto, "como Deus o ungiu com o Espírito e com poder" (At 10,38).

PREGADOR DA SÉTIMA NOVENA


O pregador da noite de hoje será o Pe. Pe. Aerton Sales da Cunha, Vigário Geral da Arquidiocese de Natal e Pároco da Catedral de Nossa Senhora da Apresentação - Natal - RN. Foi ordenado sacerdote no dia 13 de setembro de 1997.

SANTO DO DIA - Santo André Dung-Lac e companheiros

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.

A VINDA DO FILHO DO HOMEM - Lucas 21,20-28


Este "discurso escatológico" iniciado com o prenúncio da destruição do Templo, refere-se agora à destruição de Jerusalém, que teve um trágico fim. Lucas escreve seu evangelho na década de oitenta, cerca de dez anos após Jerusalém ter sido destruída pelas tropas do general romano Tito, e seu texto inspira-se no fato já acontecido. Em conclusão temos a narrativa apocalíptica da vinda do Filho do Homem. Os sinais no sol, na lua e nas estrelas e as potências celestes abaladas são símbolos assustadores da queda dos poderes opressores. A vinda do Filho do Homem é a libertação e o restabelecimento do humano e da vida, no que se manifesta a glória de Deus.
José Raimundo Oliva

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PREGADOR DA SEXTA NOVENA


O pregador da sexta novena da Festa de Nossa Senhora das Graças 2011 é o Pe. Héliton Marconi Dantas de Medeiros, pároco de Nossa Senhora dos Remédios de Cruzeta - RN. O mesmo foi ordenado no dia 17 de agosto de 2002.

TEMA DA SEXTA NOVENA: Maria ao pé da Cruz


O Evangelho de João (Jo 19,25) relata que no momento da crucificação de Jesus, Maria sua mãe estava aos pés da cruz. Ela certamente olhava para aquela cena dolorosa com todo seu amor, só conseguia ver seu filho, o Filho de Deus se consumindo de amor por toda a humanidade.

Mudando o foco para Jesus, o que Ele estaria vendo? Qual seria a imagem que Jesus estaria vendo do alto da cruz?

Seu olhar não é atraído por uma mulher desmaiada, ou totalmente descontrolada como poderia ocorrer com uma mãe presenciando o filho se esvaindo aos poucos diante dela. O que chama a atenção de Jesus é ver sua mãe de pé diante da cruz.

Maria está lá, esmagada pela dor, mas de pé, ela não desfalece. Está pronta a carregar com o Filho todo o peso do sofrimento que lhe fora reservado. Ela compreende e compartilha o sofrimento do Filho. Se tivéssemos olhos espirituais com certeza ao olhar para Jesus crucificado veríamos que junto dele estava Maria. Contemplamos aí dois martírios, o primeiro e mais contundente o de Jesus, e o segundo um martírio diferente, mas também contundente, Maria sendo martirizada na alma.

Arnoldo de Chartres escreve que por ocasião do grande sacrifício do Cordeiro imaculado, que morria por nós na cruz, poderíamos ter visto dois altares: um no Calvário, no corpo de Jesus, outro no Coração de Maria. Enquanto o Filho sacrificava seu corpo pela morte, Maria sacrificava sua alma pela compaixão.

Maria poderia ter tentado evitar que a situação chegasse a tal ponto se na ocasião da condenação e sentença de Jesus ela tivesse intercedido junto a Pilatos. Porém, ela sabia que a hora anunciada por Jesus havia chegado. A hora da cruz, da redenção, da libertação, da salvação, a hora da vitória.

A atitude de Maria indica que é decisivo ficar perto da cruz de Jesus, o importante é acreditar e apropriar-se do Seu sofrimento.

É o poder que emana da cruz que nos possibilita carregar a nossa cruz. Maria nos ensina como se comportar diante da cruz, pois sem cruz não há salvação. A salvação passa pela cruz.

O nosso lugar é junto de Maria aos pés da cruz. Assim como o discípulo que Ele amava. È preciso estar perto da cruz de Jesus e de pé, ou seja, pronto para receber toda a força emanada da cruz. É esta força que permitirá carregar nossas cruzes. Aos pés da cruz nos abastecemos do seu amor, e mantemos sempre presente e vivo o quanto valemos para Deus, que somente Ele poderia pagar o alto preço fixado por cada um de nós.

Por isso, o que estamos esperando? Maria nos aguarda a cada dia diante da cruz de Jesus para juntos contemplar não a incompreensão dos homens, e onde ela pode chegar, nem a vitória da morte, nem tão pouco apenas um gesto de loucura sem sentido, mas para contemplar que a vitória é possível, que nada pode ser dado de antemão como perdido, que abraçando a cruz de Cristo conseguiremos levar a nossa cruz até o fim.
Diác. Mario Antonio Caterina

CATEQUESE: Papa recorda viagem ao Benin e destaca fé dos africanos


Na Catequese desta quarta-feira, 23, na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa Bento XVI recordou sua recente viagem ao Benin, na África, realizada no último final de semana.

Entre os motivos que o levaram pela segunda vez ao continente africano, o Santo Padre citou os 150 anos de evangelização do Benin, a entrega da Exortação Apostólica pós-sinodal "Africae Munus" e a homenagem junto ao túmulo do Cardeal Bernardin Gantin, homem da Igreja e considerado "Pai da pátria".

O Papa recordou, em especial, a Missa celebrada no Estádio da Amizade, com a participação dos fiéis de Benin e de outros países africanos.

"Foi maravilhoso o testemunho de como a fé pode unir as gerações e se pode responder, assim, ao desafio de cada uma das etapas da vida. Também tive a ocasião de exortar todos os semeadores de esperança em cada realidade e em cada ambiente, a serem construtores incansáveis de comunhão, paz e solidariedade, para cooperar assim no plano de salvação de Deus para a humanidade", disse Bento XVI.

Sobre a Exortação Apostólica, o Santo Padre destacou que se trata de "um grande apelo a todos os fiéis cristãos para um redobrado esforço na comunicação do Evangelho a quantos ainda não o conhecem e que anseiam pela reconciliação, justiça e paz".

Por fim, o Papa afirmou ter encontrado sinais de esperança para o continente africano. "Os africanos responderam, com o seu entusiasmo inconfundível, a este apelo; e, nos seus rostos, na sua fé ardente, na sua adesão convicta ao Evangelho da vida, pude uma vez mais vislumbrar sinais consoladores de esperança para o continente africano e para o mundo inteiro.

NOMEADO O NOVO BISPO DE GUARULHOS - SP

O papa Bento XVI aceitou na manhã desta quarta-feira, 23, a renúncia do bispo diocesano de Guarulhos (SP), dom Luiz Gonzaga Bergonzini, em razão de sua idade, 75 anos, conforme prevê o Cânon 401 do Código de Direito Canônico. Sucede dom Luiz Gonzaga, o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP), dom Joaquim Justino Carreira.





Dom Joaquim é natural de Santa Catarina da Serra, Leiria, Portugal. Nasceu no dia 24 de janeiro de 1950. Estudou Filosofia na Faculdade Anchieta, em São Paulo e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália (1973-1976). Foi ordenado sacerdote no dia 19 de março de 1977, em Jundiaí (SP). Sua nomeação episcopal aconteceu no dia 24 de março de 2005. Exercia a função de bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo desde maio do mesmo ano. Seu lema episcopal é “A paz esteja convosco” (Jo 20, 21).

 
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini trabalhou na diocese de Guarulhos durante 19 anos. Seu lema episcopal é “É necessário que Ele cresça”. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) através de sua Assessoria de Imprensa parabeniza dom Luiz pelo trabalho prestado por tantos anos à frente da diocese de Guarulhos, ao mesmo tempo em que deseja bom trabalho ao novo bispo diocesano, dom Joaquim Justino Carreira.

FONTE: CNBB

SANTO DO DIA - Santa Felicidade e sete irmãos

Não há muitas informações sobre a vida anterior ao martírio de Felicidade e dos sete irmãos. Eles viveram nos tempos do imperador Antonino e foram presos e mortos todos juntos no ano 165, em Roma.

Há dúvidas, até, de se os sete jovens seriam realmente todos irmãos e ainda, em sendo irmãos, se a mulher presa e morta ao lado deles seria mesmo a mãe deles. Entretanto são os dados registrados nas "Atas" sobre este martírio coletivo.

Também este não teria sido o único caso de uma mãe que recebeu a pena capital juntamente com os filhos. Há, por exemplo, o caso dos "sete irmãos Macabeus", de que fala a Sagrada Escritura no capítulo sete do segundo livro dos Macabeus.

Além disso, quanto a esta mártir, consta que o próprio papa são Gregório Magno teria encontrado uma gravura mural que representava esta mãe, de nome Felicidade, rodeada por sete jovens, numa das catacumbas de Roma.

A tradição diz que Felicidade era uma rica viúva que foi acusada de ser cristã pelos sacerdotes pagãos ao imperador. Públio, prefeito de Roma, ficou encarregado do seu julgamento. Começou o interrogatório somente com ela, todavia não obteve resultado algum. No dia seguinte, mandou conduzir a mãe e os sete filhos para adorarem os deuses. Mas Felicidade exortou os filhos a que não fraquejassem na fé. O juiz, então, condenou mãe e filhos à morte.

Através das "Atas" podemos saber todos os seus nomes e a forma de martírio de cada um. Nela, eles estão citados como "os sete irmãos mártires": Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vidal e Marcial.

Januário, após ser açoitado com varas e ter padecido no cárcere, foi morto com flagelos chumbados. Félix e Filipe foram espancados e mortos a cacetadas. Silvano foi jogado num precipício. Alexandre, Vidal e Marcial foram decapitados.

Apesar de saberem que sofreriam muito antes de morrer, todos mantiveram a firmeza na fé e não renegaram o Cristo. A última a morrer, por decapitação foi Felicidade, que sofreu muitas torturas até a execução no dia 23 de novembro. A tradição cristã reverência todos estes santos mártires na mesma data.

ENFRENTANDO AS TRIBULAÇÕES - Lucas 21,12-19

Em sequência ao discurso sobre a destruição do Templo, Lucas narra a fala de Jesus sobre as perseguições que os discípulos sofrerão. Estas têm um alcance escatológico, isto é, anteciparão não só a destruição de Jerusalém, mas também a própria Parusia. Os discípulos serão perseguidos, tanto pelas sinagogas judaicas, como por reis e governadores gentios. As provações são as ocasiões mais expressivas para confirmar a autenticidade do testemunho da fidelidade a Jesus. Este mesmo texto é encontrado também, com pequenas diferenças, em Mateus. Mateus o insere no discurso de envio missionário dos apóstolos. Com estas variações pode-se perceber como os evangelistas organizam de maneira didática as memórias de Jesus, conservadas nas primeiras comunidades, para orientar e fortalecer a fé de suas comunidades. Estes textos exprimem como, desde o início da ação missionária, os discípulos, ao longo da história, comprometidos com o projeto de Jesus, têm enfrentado as diversas provações impostas pelos poderosos. A fidelidade a Jesus, enfrentando as tribulações, é o caminho para a vida eterna.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

TV KURTIÇÃO E AMOR ETERNO TRANSMITINDO A FESTA DE N. SRA. DAS GRAÇAS 2011




PREGADOR DA QUARTA NOVENA


O Pe. Ivanoff  da Costa Pereira será o pregador da quinta noite de novena dentro da Festa de Nossa Senhora das Graças 2011. O mesmo é Pároco de Santo estevão Diácono em Caicó e foi ordenado no dia 01 de fevereiro de 1997.

TEMA DA QUINTA NOVENA: Perda e encontro


Tomemos o episódio do Menino Jesus que ficou algum tempo desaparecido (Lc 2, 41-52). Aos doze anos Ele foi com os pais a Jerusalém, e no caminho de volta desapareceu. Os pais o buscaram aflitos durante três dias, e afinal o encontraram no Templo. Nossa Senhora perguntou: Meu filho, por que fizeste isto? Teu pai e eu, angustiados, te buscávamos. Estas palavras nos provam que a Santíssima Virgem não entendia o motivo de tal comportamento. Mais ainda, o próprio Evangelho o diz claramente. Jesus respondeu: Por que me buscáveis? Não sabeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? E o evangelista acrescenta que eles não entenderam suas palavras.

Realmente, dava para não entender! Se Jesus tivesse dito a eles: Vou a Jerusalém, ocupar-me das coisas de meu Pai, eles teriam consentido sem relutar. Mais ainda, sabendo que Ele é Deus, bastava que lhes tivesse simplesmente dito vou partir ou vou voltar, que eles teriam entendido. Por que partir dessa forma, sem avisar, deixando-os perplexos e podendo suspeitar que Deus estava irritado com eles? Por que forçá-los a procurá-Lo por três dias? Deus tinha motivos altíssimos para isso. Queria dar um exemplo para toda a História, e é a partir desse episódio que São Tomás de Aquino mostra como devemos abandonar tudo, até os pais mais santos, para seguir a Deus. Mas como podiam São José e a Virgem saber disso naquele momento?

Nossa Senhora certamente não entendeu o motivo, pois o Evangelho é muito claro nesse ponto. Mas isso não significa que permaneceu sempre sem entender, porque a continuação do Evangelho relata que Sua Mãe meditava todas essas coisas no seu coração. O amor de Deus levou Nossa Senhora pelo caminho correto. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a praticar um ato como esse. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade.

Este é um exemplo luminoso para nós. Pois muitas e muitas vezes Deus nos envia provações que não entendemos, seja uma doença, seja a separação duma pessoa querida, seja uma perda econômica, etc. Se realmente desejamos cumprir o primeiro mandamento nesse momento de provação, tomemos Nossa Senhora como modelo. Sem nos revoltarmos, meditemos seriamente os motivos que levam um Deus perfeito a permitir tal coisa. Assim, teremos aproveitado a lição que a Santa Virgem nos ensina.

22 DE NOVEMBRO - Dia da Música

A palavra "música" é de origem grega e significa "referente às musas". De acordo com a mitologia grega, as musas eram nove deusas que inspiravam as pessoas na arte de fazer poesia e música.

Segundo o Dicionário Novo Aurélio, música é "arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido". Já o Dicionário Houaiss define-a como "combinação harmoniosa e expressiva de sons [...]; arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc.".

Na Pré-História, o ser humano descobriu os sons do ambiente que o cercava: o rumor do mar, dos rios e das cascatas, o ruído do trovão, o canto dos pássaros, as vozes dos animais, o barulho do vento contra as folhas, o zumbido dos insetos, o som dos passos de outros seres humanos e, sobretudo, o maior instrumento musical humano: a voz. A música pré-histórica, contudo, não é considerada como arte, visto ser um veículo expressivo de comunicação, sempre ligada às palavras, aos ritos e à dança.

Com o decorrer do tempo, o ser humano inventou instrumentos musicais para expressar seus sentimentos. Desse modo, surgiram os instrumentos de cordas, de percussão e de sopro. Hoje, os computadores auxiliam cientistas e artistas nas várias atividades musicais, desde a elaboração de uma simples partitura até a produção de sons inimagináveis outrora.

A música, por seu turno, recebeu vários nomes: absoluta (ou pura), aleatória, atonal (ou dodecafônica), clássica, concreta, country, cromofônica, de câmara, de cena (ou incidental), de janízaros (ou turca), eletroacústica, de programa, descritiva, de estante (ou de facistol), folclórica, eletrônica, espacial, experimental de vanguarda, gospel, klesmer, instrumental, magnetofônica, minimalista, modal, pop, popular, programáticas, sacra, serial, sertaneja. Essa arte dos sons organizados está, portanto, em constante expansão. No futuro talvez o ser humano possa ouvir a música das esferas, tão decantada pelos pitagóricos.

No dia 22 de novembro, comemoram-se o Dia da Música e de Dia de Santa Cecília, que é exaltada como a padroeira da música e dos músicos. A tradição conta que santa Cecília cantava com tanta doçura, que um anjo desceu do céu para ouvi-la.

SANTO DO DIA - Santa Cecília

Certa vez, o cardeal brasileiro dom Paulo Evaristo Arns assim definiu a arte musical: "A música, que eleva a palavra e o sentimento até a sua última expressão humana, interpreta o nosso coração e nos une ao Deus de toda beleza e bondade". Podemos dizer que, na verdade, com suas palavras ele nos traduziu a vida da mártir santa Cecília.

A sua vida foi música pura, cuja letra se tornou uma tradição cristã e cujos mistérios até hoje elevam os sentimentos de nossa alma a Deus. Era de família romana pagã, nobre, rica e influente. Estudiosa, adorava estudar música, principalmente a sacra, filosofia e o Evangelho. Desde a infância era muito religiosa e, por decisão própria, afastou-se dos prazeres da vida da Corte, para ser esposa de Cristo, pelo voto secreto de virgindade. Os pais, acreditando que ela mudaria de idéia, acertaram seu casamento com Valeriano, também da nobreza romana. Ao receber a triste notícia, Cecília rezou pedindo proteção do seu anjo da guarda, de Maria e de Deus, para não romper com o voto.

Após as núpcias, Cecília contou ao marido que era cristã e do seu compromisso de castidade. Disse, ainda, que para isso estava sob a guarda de um anjo. Valeriano ficou comovido com a sinceridade da esposa e prometeu também proteger sua pureza. Mas para isso queria ver tal anjo. Ela o aconselhou a visitar o papa Urbano, que, devido à perseguição, estava refugiado nas catacumbas. O jovem esposo foi acompanhado de seu irmão Tibúrcio, ficou sabendo que antes era preciso acreditar na Palavra. Os dois ouviram a longa pregação e, no final, converteram-se e foram batizados. Valeriano cumpriu a promessa. Depois, um dia, ao chegar em casa, viu Cecília rezando e, ao seu lado, o anjo da guarda.

Entretanto a denúncia de que Cecília era cristã e da conversão do marido e do cunhado chegou às autoridades romanas. Os três foram presos, ela em sua casa, os dois, quando ajudavam a sepultar os corpos dos mártires nas catacumbas. Julgados, recusaram-se a renegar a fé e foram decapitados. Primeiro, Valeriano e Turíbio, por último, Cecília.

O prefeito de Roma falou com ela em consideração às famílias ilustres a que pertenciam, e exigiu que abandonassem a religião, sob pena de morte. Como Cecília se negou, foi colocada no próprio balneário do seu palacete, para morrer asfixiada pelos vapores. Mas saiu ilesa. Então foi tentada a decapitação. O carrasco a golpeou três vezes e, mesmo assim, sua cabeça permaneceu ligada ao corpo. Mortalmente ferida, ficou no chão três dias, durante os quais animou os cristãos que foram vê-la a não renegarem a fé. Os soldados pagãos que presenciaram tudo se converteram.

O seu corpo foi enterrado nas catacumbas romanas. Mais tarde, devido às sucessivas invasões ocorridas em Roma, as relíquias de vários mártires sepultadas lá foram trasladadas para inúmeras igrejas. As suas, entretanto, permaneceram perdidas naquelas ruínas por muitos séculos. Mas no terreno do seu antigo palácio foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a sua memória no dia 22 de novembro já no século VI.

Entre os anos 817 e 824, o papa Pascoal I teve uma visão de santa Cecília e o seu caixão foi encontrado e aberto. E constatou-se, então, que seu corpo permanecera intacto. Depois, foi fechado e colocado numa urna de mármore sob o altar daquela igreja dedicada a ela. Outros séculos se passaram. Em 1559, o cardeal Sfondrati ordenou nova abertura do esquife e viu-se que o corpo permanecia da mesma forma.

A devoção à sua santidade avançou pelos séculos sempre acompanhada de incontáveis milagres. Santa Cecília é uma das mais veneradas pelos fiéis cristãos, do Ocidente e do Oriente, na sua tradicional festa do dia 22 de novembro. O seu nome vem citado no cânon da missa e desde o século XV é celebrada como padroeira da música e do canto sacro.

A PRESENÇA ATUAL DO FILHO DO HOMEM - Lucas 21,5-11


Iniciando com a admiração de algumas pessoas diante da beleza do Templo, Lucas apresenta o "discurso "escatológico" sobre a destruição de Jerusalém (cap. 21). Todo poder tem como arma a ostentação, desde as pirâmides dos faraós até as torres da atual capital econômica do Império. A ostentação do Templo levava as pessoas a admirarem, se curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação terá seu fim, pedra por pedra, torre por torre. A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além de sua associação a um fato histórico acontecido, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus. O advento de falsos profetas ou de guerras e abalos telúricos não são sinais da proximidade do fim. Antes, os discípulos devem despertar para a presença atual do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por sua palavra e sua prática amorosa.
José Raimundo Oliva

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

STUDIO DA TV KUTIÇÃO NA FESTA 2011




SEGUNDA NOVENA DA FESTA 2011





PREGADOR DA QUARTA NOVENA


Somos convidados a refletir na quarta novena da Festa de Nossa Senhora das Graças 2011 com o Pe. Welson Rodrigues do Nascimento, Pároco de Santana de Currais Novos. O mesmo ordenou-se no dia 26 de janeiro de 1986.

TEMA DA QUARTA NOVENA: A apresentação ao Templo


Após o seu nascimento, Nosso Senhor foi levado por seus pais ao templo, para cumprir o ritual judaico. Porém, em se tratando do próprio Filho de Deus, esta cerimônia adquire um significado muito mais profundo, estreitamente ligado ao mistério da Encarnação.

Encontramos a essência da Apresentação de Jesus em dois textos da Sagrada Escritura. O Salmo 39[40] profetiza a manifestação do Messias aos povos, e a entrega de si mesmo à missão que o aguarda: “Não vos comprazeis em nenhum sacrifício, em nenhuma oferenda, mas me abristes os ouvidos: não desejais holocausto nem vítima de expiação. Então eu disse: ‘Eis que eu venho. No rolo do livro está escrito de mim: fazer vossa vontade, meu Deus, é o que me agrada, porque vossa lei está no íntimo de meu coração’” (Sl 39[40],7-9).

À luz do Novo Testamento, a Carta aos Hebreus aplica o mesmo texto à Pessoa de Jesus, a Palavra eterna, que veio ao mundo para cumprir o plano salvífico do Pai, levando à plenitude os sacrifícios e holocaustos provisórios da Antiga Aliança: “Jesus aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia. Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados, uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo” (Hb 10,9-10).

Jesus se define pela relação com o Pai, que Ele anuncia através de suas palavras e obras: “Quem me vê, vê Aquele que me enviou” (Jo 12,45). Nos últimos dias de sua vida terrena, apresenta-nos a 3ª Pessoa da Trindade, completando a revelação sobre o mistério mais íntimo de Deus. Assim, redimidos e adotados pelo Filho como irmãos, recebemos do Pai a filiação divina, e aprendemos com o Espírito Santo o verdadeiro sentido de família, que caracteriza a própria Santíssima Trindade.

Ao nos ensinar a verdadeira relação com Deus, Jesus mostra que se trata, não tanto de fazer coisas, mas de estar numa intimidade, que nos penetre, atingindo o nosso coração e transformando-o: “Darei a eles um coração íntegro, e colocarei no íntimo deles um espírito novo. Tirarei do peito deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne” (Ez 11,19). Sem isto, a religião não passa de um ritualismo vazio.

Assim, Jesus inaugura uma nova prática religiosa e nos ensina o jeito cristão de rezar. Se não tivéssemos nenhuma outra oração, além do Pai-Nosso, já saberíamos rezar muito bem. O Pai-Nosso é modelo para o nosso diálogo com Deus, calcado na própria relação entre o Pai e o Filho.

Outra novidade absoluta é o sofrimento com um valor de redenção. O sofrimento santifica a própria pessoa, e contribui para ajudar os outros a superar os seus limites, e converter-se de seus pecados. O sofrimento dos inocentes, em favor de culpados, parece contradizer a justiça. Mas, na realidade, aqui se manifesta a solidariedade espiritual de cada um com Cristo e, através dele, com todas as pessoas.

Nosso Senhor nos deixou uma série de gestos salvíficos, canais da graça para transformação do ser humano, em sua caminhada rumo ao destino final, o encontro com Deus. Nós os chamamos “Sacramentos” – os sete sinais, cuja eficácia é garantida pela autoridade dAquele mesmo que os instituiu e os realiza, pelos Ministros, na Liturgia. Cada Sacramento promove nossa santificação, de acordo com as diversas situações e estados de vida em que nos encontramos.

E, para nos proporcionar o acesso a todos esses meios de salvação, progredindo unidos no caminho da santidade, deixou-nos a Igreja: sociedade santa, que tem seu fundamento em Cristo, nos Apóstolos, na Palavra revelada e na Tradição, fielmente guardadas pelo Magistério. E, enquanto espera a consumação dos tempos, a Igreja antecipa, na Liturgia, a celebração das núpcias eternas, com o divino Esposo, nosso Senhor Jesus Cristo.

A Igreja aprendeu, de seu Fundador, a prática perfeita da Lei. Jesus Cristo ensinou princípios morais novos, ou levou à plenitude princípios antes conhecidos apenas parcial ou implicitamente. Dentre eles, a novidade mais transformante é a caridade. Amar o próximo tornou-se a norma para o cristão. E o critério de amar como a si mesmo foi estendido à perfeição máxima: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34).

Esta sociedade renovada caracteriza-se, em primeiro lugar, pela justiça. Jesus acentua, que é preciso ser justo, imitando o Pai, pela prática da eqüidade e pelo reconhecimento da igualdade entre os seres humanos. Jesus também enfatiza a paz: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14,27). Esta paz não vem dos armistícios temporários, obtidos pela imposição do poder. Nada tem a ver, tampouco, com a quietude da omissão. Ela é dom de Deus, que supera toda experiência humana. Por isso, traz consigo a missão de propagá-la.

Outro elemento básico para a sociedade, que Jesus veio ensinar e, ao mesmo tempo, nos conceder é a bondade. Somente ela pode curar as feridas do ódio, da malícia e da inveja, que o ser humano traz em si, e inflige aos semelhantes. Conforme escreve São Paulo: “Um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens” (Tt 3,4).

A bondade em ativa eficiência gera a solidariedade, imprescindível numa sociedade justa e igualitária para todos. Mas, a solidariedade ainda deve ser ultrapassada, para se chegar ao ideal cristão da verdadeira fraternidade, que seja um modelo para o mundo moderno. Todos estes são elementos fundamentais que devem ser desdobrados e atuados dentro de uma sociedade, verdadeiramente constituída para o bem comum.

Assumindo a natureza humana, Jesus viveu a nossa realidade, para elevá-la, consagrando-a a Deus. Ele se fez humano, para nos “divinizar”. Portanto, somos chamados a construir um mundo melhor, a partir de dentro de nós mesmos, pela busca da santidade, levando-a a impregnar nossas estruturas políticas, econômicas e sociais. Não desanimemos, se esta parece uma tarefa impossível. Ela, de fato, o é, se contarmos, apenas, com nossos recursos humanos. Mas a Providência divina sustenta a obra da criação, para que progrida, até o termo final.

Como ensina São Paulo: “A criação aguarda ansiosamente a manifestação [da santidade] dos filhos de Deus [...] com a esperança de ser, também ela, libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia” (Rm 8,19.21-22). Então, finalmente, “Cristo será tudo em todos” (Cl 3,11).

SANTO DO DIA - São Gelásio I

Nascido em Roma, Gelásio era de origem africana, culto, inteligente e dotado de personalidade forte. Cristão fervoroso, era conselheiro do papa Félix III, que vinha tentando conciliar as igrejas do Ocidente e do Oriente. Em 492, com a morte do papa, ele foi eleito sucessor para dar continuidade a essa política, o que não conseguiu por causa da oposição do imperador Anastácio I.

Papa Gelásio I muito fez para a manutenção da doutrina recebida dos apóstolos, combatendo e tentando eliminar as heresias dos sacerdotes Mane e Pelágio. Foi o primeiro pontífice a expressar a máxima autoridade do bispo de Roma sobre toda a Igreja. Deixou isso claro em uma carta escrita por ele a Anastácio I, na qual se faz uma nítida distinção entre poder político e poder religioso.

Também desenvolveu um grande trabalho de renovação litúrgica. Organizou e presidiu o sínodo de 494, no qual saiu aprovada a grande renovação litúrgica da Igreja. Assim, ele instituiu o Sacramentário Gelasiano, para uniformizar as funções e ritos das várias igrejas. Trata-se do decreto que, levando o seu nome, contém cerca de cinqüenta prefácios litúrgicos, uma coletânea de orações para recitar durante a missa. Atualmente, esse e os outros decretos que assinou fazem parte do acervo do Museu Britânico.

Papa Gelásio I viveu em oração e insistia que seus clérigos fizessem o mesmo. Segundo Dionísio, o Pequeno, ele procurou mais servir do que dominar e morreu pobre, depois de enriquecer os necessitados. Por sua caridade, foi chamado "papa dos pobres". Morreu em 21 de novembro de 496, em Roma.

A PATERNIDADE DE DEUS - Mateus 12,46-50


Encontramos esta narrativa nos três evangelhos sinóticos. O destaque é a questão dos laços familiares dos discípulos de Jesus. A questão fica perfeitamente delineada na frase inicial: enquanto as multidões estão junto de Jesus, sua mãe e seus irmãos "ficam de fora". As multidões são aqueles que, curiosos e esperançosos, estão buscando algo de novo, atentos a Jesus. Porém ainda não se definiram. Mateus destaca, então, dentre a multidão, a presença dos discípulos, em direção aos quais Jesus estende a mão. Discípulos são aqueles que, dentre a multidão, já deram o passo decisivo no seguimento de Jesus. A família fica de fora. Aí, a palavra decisiva de Jesus: "...todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe." É característico de Mateus destacar a paternidade de Deus: "a vontade do meu Pai, que está nos céus". Vamos reencontrá-la na oração do Pai-Nosso. Está feita uma advertência à família consangüínea, em geral conservadora, no sentido de abrir-se na acolhida a Jesus, empenhando-se em fazer a vontade do Pai. Os discípulos superando os limites da família, abandonam-se à vontade do Pai e unem-se em uma grande família em torno de Jesus.
José Raimundo Oliva

domingo, 20 de novembro de 2011

20 DE NOVEMBRO: Dia Nacional da Consciência Negra


O Dia Nacional da Consciência Negra foi instituído para homenagear Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que se tornou o baluarte na luta dos negros contra a escravidão.

O Quilombo dos Palmares surgiu em 1597, com a fuga de quarenta negros de um engenho de Porto Calvo, situado ao sul da capitania de Pernambuco, no atual estado de Alagoas. Foi o maior, mais organizado e mais duradouro quilombo brasileiro, encravado na serra da Barriga, com uma população que chegou a vinte mil habitantes, numa área de aproximadamente 27 km². Recebeu o nome de Palmares em razão das palmeiras da região.

Zumbi nasceu no Quilombo dos Palmares, provavelmente em 1655, mas foi capturado ainda bebê por uma expedição militar e doado ao padre Antônio de Melo, do distrito de Porto Calvo. Batizado como Francisco, o menino aprendeu a ler e escrever na paróquia. Apesar de todas as regalias, incomuns aos negros daquela época, aos 15 anos, ele decidiu, voltar ao quilombo com alguns escravos fugitivos.

Em Palmares, Francisco passou a ser chamado de Zumbi e se destacou como chefe militar. O sistema colonial português abominava os quilombos, sobretudo Palmares, por ser o mais poderoso e manter intenso e constante contato com as comunidades vizinhas, gerando conflitos. Os negros mantidos no cativeiro, bem como as comunidades excluídas, ouviam histórias de Palmares e alimentavam a esperança de fugir, para se juntarem aos quilombolas.

Domingos Jorge Velho exterminou Palmares em 1694, mas Zumbi conseguiu escapar; escondido na mata continuou liderando os quilombolas que sobreviveram e novos grupos que se uniram à causa. Em 1695, Zumbi foi traído e morto.

Embora já tenham decorrido mais de trezentos anos, ninguém conseguiu extinguir o sonho de Zumbi: uma sociedade igualitária em todos os âmbitos. Por isso, seu pensamento permanece vivo até hoje, alimentado por todas as pessoas que lutam pela democracia racial, social e econômica.

A lei no 9315, de 20/11/1996, assinada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, inscreveu o nome de Zumbi dos Palmares no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia.

SANTO DO DIA - Santo Edmundo

Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.

Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.

No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.

Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu traspassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.

Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.

As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo.

JESUS SE IDENTIFICA COM OS EXCLUÍDOS - Mateus 25,31-46


Em Mateus, o último discurso de Jesus encerra-se com o critério de juízo para todos os homens e as mulheres de todas as nações, independentemente de qualquer credo religioso. O conteúdo essencial da cena é denso de realismo e nos impele ao compromisso: Jesus identifica-se com os excluídos, os famintos, os sedentos, os forasteiros, os nus, os doentes, os presos... E é pelo nosso serviço amoroso a cada um destes mais fracos e pequenos que nos unimos a ele e participamos no Reino que o Pai nos preparou. São benditos do Pai e herdeiros do Reino todos aqueles que fizerem gestos concretos de solidariedade e partilha para com estes excluídos, "com fome..., com sede..., forasteiro..., nu..., doente..., na prisão..." (é repetido quatro vezes no texto). O Filho do Homem é a humanidade assumida em Jesus, Filho de Deus. No profeta Ezequiel o filho de homem é o profeta, frágil, humano, porém fiel a Deus. No tardio texto apocalíptico de Daniel, do judaísmo consolidado, o Filho do Homem (Dn 7,13 - termo expresso em aramaico, única ocorrência no Primeiro Testamento) aparece como figura celeste gloriosa. Na interpretação triunfalista, Jesus foi identificado com esta figura gloriosa. Contudo Marcos, em seu evangelho, traz o Filho do Homem de volta para o chão de nossa terra, interpretando a expressão "Filho do Homem" como indicando a humanidade assumida por Deus, na sua simplicidade e fragilidade, em Jesus de Nazaré. O seguimento de Jesus e a comunhão com Deus se faz na concretude da vida. O "Reino", do texto evangélico, é o desabrochar da Vida em nossas vidas, na prática amorosa, fraterna, libertadora e vivificante, em comunhão com nosso próximo, no qual encontramos Jesus. Na primeira leitura temos o texto de Ezequiel que inspirou a imagem de Jesus como o Bom Pastor. Na segunda leitura, de Paulo apóstolo, temos uma visão escatológica do triunfo final do Cristo, a partir da qual se originou o título de "Cristo Rei".
José Raimundo Oliva